20/06/2014

8.297.(20jun2014.7.17') Machado de Assis

nasce 21junho1839
e morre a 29set1908
***
Documentário
https://www.youtube.com/watch?v=_WTuZjShd1s
***
Contos
https://www.youtube.com/watch?v=LKbm-n-oWMs&list=PLA10y2U_RqY8ZIzRzgGB71R2-Waj9oCsO
***
via Graça da Silva:
foto de 19fev2016

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1043064882403654&set=a.211013438942140.52240.100001004569506&type=3&theater
Manhã de Inverno
in 'Falenas' 

Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.

Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.

A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.

Vento frio, mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras úmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.

Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trêmulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.

Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.

Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, — a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.

***
https://www.facebook.com/br4sileirissimos/photos/a.404714709617084.95919.404693309619224/801719133249971/?type=1&theater
***
https://www.facebook.com/isa.c.almeida.7777/photos/a.234173866755383.1073741828.234170533422383/293376254168477/?type=1&theater
"Eu gosto de olhos que sorriem, de gestos que se desculpam, de toques que sabem conversar e de silêncios que se declaram."
***

https://www.facebook.com/FabricaEscrita/photos/a.462529847093435.111436.462489187097501/876341179045631/?type=1&theater
— É pecado sonhar?
— Não, Capitu. Nunca foi.
— Então por que essa divindade nos dá golpes tão fortes de realidade e parte nossos sonhos?
— Divindade não destrói sonhos, Capitu. Somos nós que ficamos esperando, ao invés de fazer acontecer.

in Dom Casmurro
***

https://www.facebook.com/wrunbr/photos/a.389994274365656.97309.152543851444034/652529031445511/?type=1&theater
***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=712597418775975&set=a.559507790751606.1073741828.559343457434706&type=1&theater
“As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz.”
© Vera Poymenova - Imagem
***

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=686744561412428&set=a.470347533052133.1073741826.100002306717295&type=1&theater
“Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?”
***

https://www.facebook.com/SemCoresNada/photos/a.217727841688885.50504.217725138355822/546636338798032/?type=1&theater
E nossos olhos transmitiam coisas indizíveis e infinitas, que nossas bocas não podiam falar.

Levi Boulis - artist
***

***
Via Citador
Machado Assis

"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito."
"Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado."
"Trata de saborear a vida; e fica sabendo, que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la."
"Está morto: podemos elogiá-lo à vontade."
"Não levante a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão."
"A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal."
"Não se ama duas vezes a mesma mulher."
"O tempo é um químico invisível, que dissolve, compõe, extrai e transforma todas as substâncias morais."
"Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies."
"A mentira é muita vez tão involuntária como a respiração."
"O amor é o egoísmo duplicado."
"Lágrimas não são argumentos."
"Descobri uma lei sublime, a lei da equivalência das janelas, e estabeleci que o modo de compensar uma janela fechada é abrir outra, a fim de que a moral possa arejar continuamente a consciência."
"O coração é a região do inesperado."
"Porque não há raciocínio nem documento que nos explique melhor a intenção de um acto do que o próprio autor do acto."
"O ridículo é uma espécie de lastro da alma quando ela entra no mar da vida; algumas fazem toda a navegação sem outra espécie de carregamento."
"Se entendeste bem, facilmente compreenderás que a inveja não é senão uma admiração que luta, e sendo a luta a grande função do género humano, todos os sentimentos belicosos são os mais adequados à sua felicidade."
"Gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou."
***

21 de Junho de 1839: Nasce o escritor brasileiro Machado de Assis



Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis. Perdeu a mãe muito cedo e foi criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentará o autodidacta Machado de Assis.
Criado no morro do Livramento, consta que ajudava na missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contacto com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava a trabalhar.
   
Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender.  Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a protecção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde os seus  pais trabalharam.
  
Aos 16 anos, publica o seu primeiro trabalho literário, o poema "Ela", na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da época, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efectivo.

Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo livre.  Conhece o então director do órgão, Manuel António de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protector.

Em 1858 volta à Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel António de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.

Começa a publicar obras românticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil.   
O seu primeiro livro foi impresso em 1861, com o título Queda que as mulheres têm para os tolos, onde aparece como tradutor.  No ano de 1862 era censor teatral, cargo que não lhe rendia qualquer remuneração, mas possibilitava-lhe  ter acesso livre aos teatros. Publica o seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de Crisálidas.
  
Agosto de 1869 marca a data da morte do seu amigo Faustino Xavier de Novais, e, menos de três meses depois, em 12 de Novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Nessa época, o escritor era um típico homem de letras brasileiro bem-sucedido, confortavelmente amparado por um cargo público e por um  casamento feliz que durou 35 anos. D. Carolina, mulher culta, apresenta Machado aos clássicos portugueses e a vários autores da língua inglesa.A sua união foi feliz, mas sem filhos. A morte da sua esposa, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto Carolina, que a celebrizou.
  
O seu primeiro romance, Ressurreição, foi publicado em 1872.  Com a nomeação para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, estabiliza-se na carreira burocrática que seria o seu principal meio de subsistência durante toda sua vida.
  

Em 1881, com a posse como ministro interino da Agricultura, Comércio Obras Públicas do poeta Pedro Luís Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.

Publica, nesse ano, um livro extremamente original, pouco convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira. 
  

Apoiou a ideia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras e no dia 28 de Janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de Setembro de 1908.
 Fontes:www.releituras.com
 wikipedia (imagens)
Machado de Assis
de pé: Rodolfo AmoedoArtur AzevedoInglês de SousaBilac,VeríssimoBandeiraFilinto de AlmeidaPassosMagalhães,BernardelliRodrigo OctavioPeixoto; sentados: João Ribeiro, Machado de Assis,Lúcio de Mendonça e Silva Ramos
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/29-de-setembro-de-1908-morre-o-escritor.html
*
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/06/21-de-junho-de-1839-nasce-o-escritor.html?spref=fb&fbclid=IwAR2-sJFqP9WZcR3Go3h_qOvsxJIi2GG0c1REZcCp3cl1UPiaLUmEdJbI-ps
***