13/06/2013

6.687.(13junho2013.18.29') COMUNICADO CDU.ALCOBAÇA sobre a ÁGUA É DE TODOS...5ª QUESTÃO CHAVE...Lei 35.2013...«uma estratégia de substituição: do serviço público pela aposta comercial; da universalidade pelo lucro; do cidadão pelo pagador» e Moção sobre a água Enc. Distrital CDU


Comunicado de Imprensa. 24. junho.2013   
Senhores (as) jornalistas
Agradecemos a melhor divulgação
DECLARAÇÃO POLÍTICA PSD fez negócio ruinoso com a ÁGUA.PSD.CDS aprovaram lei 35/2013 que prepara a privatização da água. 5ª questão chave das Eleições Autárquicas 2013.


A CDU alertou antes e esteve contra o negócio ruinoso de comprar 3,6 milhões de metros cúbicos por ano à Águas do Oeste. Um dos buracos financeiros (além do que pagámos, mal, da água consumida, temos 3 milhões de euros de dívida…) que nos amarra no presente foi e é o desbaratar desta riqueza/potencialidade estratégica que temos no nosso concelho. É de notar que, com o contrato assinado pela maioria PSD, a empresa Águas do Oeste, quer que se lhe pague 2,4 milhões de metros cúbicos de água, por ano, que não se consumiu, nem se pode consumir!!!
A CDU vai ABRIR, UNIR E CONSTRUIR A FORÇA municipal contra este roubo e vai tentar, também, reduzir o que se compra de água.
A CDU tem medidas concretas para propor e reunir consenso para rentabilizar essa riqueza natural e contribuir assim no crescer de receitas para o desenvolvimento e coesão concelhia.

A nível nacional temos uma maioria PSD.CDS que aprovou, neste mês de Junho, a Lei 35/2013 que permitirá, se deixarmos, o negócio da ÁGUA QUE É DE TODOS. Rejeitamos que a lógica do lucro, mais-valias e da exploração entre neste bem fundamental. A água é um bem escasso na Terra. Não podemos permitir que entre no mundo da finança e da guerra, como se passa com outros recursos naturais. O precioso líquido é vital para a Humanidade. Temos que fazer uma frente de todos os municípios e populações para que continue a gestão pública pelos municípios e Estado. Não esquecemos que a electricidade foi gerida pelos municípios e sabemos onde foi parar após a privatização…
A CDU irá defender que a distribuição continue nas autarquias locais, com garantias da universalidade, qualidade e preço justo.

 

Pel’ A Comissão Coordenadora da CDU,

Vanda Furtado Marques,

candidata a Presidente da Câmara

914 956 066

João Paulo Raimundo,

candidato a Presidente da Assembleia Municipal


917 217 060

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Água é de todos

Privatização da água: um crime de lesa pátria

Foi hoje publicada em Diário da República, a Lei 35/2013, diploma aprovado pelo PSD e CDS/PP e que permite a privatização, por subconcessão, dos sistemas multimunicipais de água e saneamento. Trata-se de uma peça legislativa que, a par de outras, e sob o disfarce da "reestruturação do sector", visam usurpar as competências autárquicas neste domínio, impor o aumento dos preços, realizar a integração vertical dos sistemas municipais, fundir os sistemas multimunicipais de águas e reduzi-los a quatro empresas, para posteriormente serem «subconcessionadas» a privados.
O diploma agora publicado, dando mais uma machadada na já esfarrapada lei de delimitação de sectores, concretiza estas intenções, determinando a privatização dos sistemas multimunicipais de tratamento de resíduos e a «subconcessão» dos sistemas multimunicipais de águas e esgotos.
A ligeira diferença de tratamento entre os resíduos e a água/saneamento é justificada com o facto de os últimos implicarem «um esforço prévio de racionalização de sistemas, através da integração vertical e de agregação de sistemas». Ou seja, antes de privatizar, é preciso primeiro criar escala e aumentar os preços.
Por isso o governo avançou com outra proposta de lei - PPL 125/XII, na qual confere ao regulador (ERSAR) o poder de fixar as tarifas quer nos sistemas multimunicipais quer nos sistemas municipais de água. Numa atitude de total desprezo pela autonomia do poder local, a coligação governamental pretende assim usurpar uma competência dos municípios, para aumentar a seu bel-prazer o preço da água e saneamento.
Mas não é tudo. Na proposta de lei 140/XII, já aprovada na generalidade com os votos do PSD/CDS-PP, impõe-se que os municípios sejam obrigados a detalhar a factura dos serviços de água, saneamento e resíduos.
A finalidade é garantir, coercivamente se necessário, a cobrança de dívidas dos municípios aos sistemas multimunicipais. Dívidas que na sua maior parte os municípios contestam, na medida em que são o resultado de sistemas sobredimensionados e de projecções de consumos irrealistas.
Numa expressiva síntese, uma Moção da Câmara Municipal do Barreiro salienta que estas propostas traduzem no fundamental «uma estratégia de substituição: do serviço público pela aposta comercial; da universalidade pelo lucro; do cidadão pelo pagador».
Não restam dúvidas de que as nossas águas estão gravemente ameaçadas pela privatização. Um caminho criminoso, cujos resultados, cá dentro e lá fora, são conhecidos: aumento brutal dos preços, degradação dos serviços, destruição de postos de trabalho.
Uma caminho cuja concretização deixará o País mais pobre, mais dependente e menos soberano. Um caminho que a população portuguesa, bem como cada vez mais autarquias, rejeitam frontalmente, como confirmam todos os estudos de opinião efectuados e como ficou expresso nas mais de 44 mil assinaturas da iniciativa legislativa de cidadãos - Proposta de Lei Nº 368/XII «Protecção dos direitos individuais e comuns à água, em debate na Assembleia da República. Neste quadro, a luta pela sua aprovação é ainda mais urgente e indispensável.
Tão urgente como derrotar este governo e a sua política, antes que seja tarde de mais!

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ENCONTRO REGIONAL DA CDU – DISTRITO DE LEIRIA - 11 DE MAIO 2013

MOÇÃO

PELO DIREITO À ÀGUA, DEFENDER A GESTÃO PÚBLICA! NÃO À PRIVATIZAÇÃO!

Considerando que o direito à água e saneamento estão consagrados na lei Portuguesa e reconhecidos pelas Nações Unidas como direitos humanos fundamentais;
Considerando que os serviços de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos sólidos urbanos, foram desde 1976 a 1993 uma responsabilidade exclusiva da administração local do Estado, sendo a sua gestão controlada por órgãos democraticamente eleitos e orientada para a prestação de um serviço público;
Considerando que a partir de 1993, PS, PSD e CDS-PP aprovaram, ao longo dos anos, legislação que foi criando as condições para a privatização do sector, numa lógica de apropriação privada gradual dos serviços de águas e resíduos e que o actual Governo, PSD e CDS-PP, pretende acelerar o processo de entrega dos serviços de águas e resíduos aos privados, fundindo os sistemas multimunicipais e neles integrando os sistemas em “baixa” para, os concessionar ou subconcessionar aos grandes grupos económicos nacionais e internacionais, colocando nas mãos dos privados (mais) um sector estratégico da economia nacional;
Considerando que da privatização dos serviços de águas e resíduos resultará um aumento brutal das tarifas de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos;
Neste Encontro Regional os eleitos, candidatos e activistas da CDU assumem os seguintes compromissos:
  1. Promover a defesa da água como um bem essencial que deve ser gerido unicamente por organismos públicos, na óptica de um serviço público e não na óptica de obtenção de lucro; rejeitando a visão mercantilista e economicista do Governo, da qual só resultará o agravamento brutal dos preços dos serviços de águas e resíduos, assim como a deterioração da qualidade destes serviços;
  2. Apoiar e dar força às Câmaras que lutam pela manutenção dos serviços públicos e da água pública;
  3. Exigir a aprovação de uma lei de protecção dos direitos individuais e comuns à água que estabeleça:
    • O direito fundamental à água e ao saneamento;
    • A protecção desse direito, bem como a propriedade pública da água e a sua gestão no interesse colectivo;
    • A proibição da privatização dos serviços de águas.

Marinha Grande, 11 de Maio de 2013